quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que permanece...

Aqui, sem você! - A música.

É sempre amor mesmo que mude. Mas, e o que permanece?
A facilidade de sentarem e conversarem. De falar de seus sentimentos.
O jeito de dormir abraçado, de juntar os pés no frio, de escolher seus filmes. O cafuné.
O jeito dela fingir que tá chorando e ele se preocupar. O jeito dela fazer manha e ele ceder.
O jeito dela sempre dizer que vai embora só pra ele pedir que ela fique. O jeito dela ficar, e fazer cara de contrariada, mas de querer estar ali.
O jeito deles se olharem, de sorrirem um do outro, deles fingirem ciúme, deles causarem ciúme, deles sentirem ciúme.
O jeito dele contar piada e ela prender o riso, só pra dizer que não foi engraçado. E depois ela ficar lembrando sozinha do que ele tinha dito, e morrer de rir!
O prato que eles sempre diziam que cozinhavam juntos, mas ela que fazia tudo. O modo como ele pedia pra ela fazer o macarrão, o capeletti, o cafuné, a massagem e outras coisas que só ela podia fazer.
O cheiro dela ainda estava ali, a barba por fazer que ela adorava virou modo de ser.
Ela sentiu ciúme por achar que aquela barba atrairia outras garotas, mas estava ali por causa de uma só: e era ela!
A almofada com Eu Te Amo estampado ainda estava em cima da cama. As fotos ainda estavam no mural.
Ele pegou sua mania de dormir de edredom, e ela nunca perdeu a mania de puxá-lo todo pra si quando dormiam juntos. Nem de ocupar a cama toda.

Ela gostou quando disse que tinha aprendido uma nova receita e ele sentiu ciúme.
E nem imaginava que ela tinha aprendido na internet.
Ela ainda se irritava com algumas coisas, mas... ela o queria sempre por perto.
Ele ainda se preocupava com ela. Se ela tinha dormido bem, se ela tinha estudado aquele dia, se tinha feito sua caminhada ou se tinha comido besteiras.

Eles ainda divergiam em muitas coisas, mas, como Freud dizia: Se dois indivíduos estão sempre de acordo em tudo, posso assegurar que um dos dois pensa por ambos.
Eles eram diferentes. Mas era bom conhecer um mundo diferente, era bom vivenciar novas coisas... Era bom saber que nem sempre seria a mesma coisa e que tinham muito o que aprender...

Mesmo sabendo que muita coisa tenha mudado, o que faz permanecer é não esquecer o que passou. Isso sim, é o que fica!


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Para que o saudosismo se faça desnecessário!

A música que fez lembrar


Ela estava ali, com outra pessoa. De repente, no som do carro toca úma música. Mas é AQUELA  música que a fez lembrar e sentir saudade. E ela pensou: "E se tudo tivesse tomado outro rumo?"

- O que você tá pensando, amor?
- Nada! Me dá um beijo?!
- Até mil, minha princesa.

"Seja mal comigo, seja mal comigo... não seja tão bom assim".

Ela lembrou de quando fazia questão de viver aquilo que ela sempre sonhou e idealizou. Esquecendo que o ideal é o oposto do real.
Ela lembrou de quando ainda insistia em algo que nem via mais futuro. Em algo que não teria como se sustentar apenas com o sentimento.
É, só de amor não se vive uma relação. Ela sabia, mas insistia que o amor poderia levá-la a qualquer local.
De que adiantava um sentimento que lhe dava asas, mas ao mesmo tempo a prendia, podava?

Ela estava mudada. Crescida. Precavida, essa era a palavra certa! Da última vez que se viram, ela já não era tão carinhosa, sorridente, engraçada. E nem via muita graça no que ele falava também.
É. Aconteceram tantas coisas que o que ela sentia se transformou. A verdade era que ela não daria mais o braço a torcer, nem se entregaria a algo sem ter certeza.
Na realidade, ela não estava mais disposta a viver aquilo. Ela queria viver e conhecer outras coisas.
É o preço que se paga quando deixamos muito a outra pessoa solta: ela aprendeu a gostar da liberdade.
Ele tinha sido um bom namorado. Um ótimo namorado. Até quando quis.
Mas agora, ele não cabia mas na vida que ela tinha resolvido levar. Ela tinha perspectivas. Ele tinha parado no tempo. Ela, agora, valorizava tanta coisa que para ele sempre foi inútil.
E porque ela lembrou do passado?

- Meu amor, você tá tão calada.
- Tô pensando...
- É? Em mim?
- Era. Me dá um xero?

Ele estava ali na sua frente. Todo dela. "Até quando?" - ela pensou.

"Seja mau comigo, não me faça tão bem"

Até quando ele vai ser tão perfeito, carinhoso, atencioso? Até quando ele vai ligar quando chegar em casa e desejar bom dia bem cedinho? E se preocupar com ela?
Ela estava insegura de uma forma boa. De uma forma que a desafiava a descobrir tantos mistérios, de uma forma convidativa. Não era aquela insegurança que a distanciava e lhe desestabilizava.
Medo bom.

Ele a abraçou, o celular dela tocou e ele não a largou.

- Você não vai me largar mais?
- Nunca mais, linda!
- Acredito em você.

No fundo, ela até queria acreditar. Ela precisava daquilo. De alguém que daquele jeito engraçado sem querer, que até nos momentos mais sérios sabia arrancar dela aquele sorriso espontâneo, que a fazia esquecer de muita coisa. E lembrar que ainda existe um mundo comum para duas pessoas.
O mais importante, ela pensou, seria viver aquele momento. Para que não precisasse sentir saudade. Para que não precisasse se arrepender de não ter aproveitado.
Ela apenas queria proveitar, sorrir, acreditar, porque talvez, num futuro muito breve (ou distante), ele também não estaria mais ali.

domingo, 14 de novembro de 2010

Sobre saudade, mudanças e espera...

Antes que tudo acabe, mas ainda aqui...

Ás vezes, a vida é tão imediata que a saudade quase não existe.
Devemos parar de viver planejando o futuro, que é uma estrada sem fim e saber distinguir as vontades pequenas, por isso imediatas. Cansei de ser "passageira" dessa viagem!
Quando eu era criança, eu não entendia a tristeza, não tinha medo e não conhecia a dor...
Tenho saudades de não precisar sentir saudade...
Mas existe uma tranqüilidade em amadurecer.
Maturidade vem junto com uma calma assustadora.
É bom aprender a esperar as mudanças, esperar pelo tempo, esperar que alguém entenda, esperar, esperar, esperar...?!
O tempo acaba se tornando amigo e as mudanças de estação existem para distrair os olhos, não para contar os meses.
E nessas estações, a gente vive e espera...
A primavera traz as flores e suas cores e essências, com o inverno vem o friozinho, chocolate quente e um céu azul, o outono chega todo amarelo e o verão traz o sol, a praia e o calor... e você só sorri.

Você me disse que ainda há tempo, que o dia está chegando, mas quem se importa?
Apenas distráia meus olhos e meu coração, enquanto chega o dia que estaremos prontos para viver o que a vida ainda tem pra nos oferecer... em todas as estações.


Te amar me faz mais  frágil e mais forte.
A parte da tua tristeza me destrói mais do que se fosse minha.
Eu enxergo dentro da tua alma e sinto que devo roubar tuas lágrimas pra mim.
"Deixa que eu sinto pra você!"
Eu queria ter a tua alma numa caixinha para poder protegê-lo e não deixá-lo sofrer, enquanto a gente espera o tempo certo...
Ou poderíamos voltar no nosso tempo de criança para esquecermos que existe dor...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Outra vez, adeus.

Escrito ao som dessa música... e muita coisa pra lembrar. 
- Te cuida!
- Fica com Deus.
- Você sabe que foi meu grande amor.
- Espero que você use esse amor e tire forças para descobrir quem você é e o que você quer de verdade!
- Sabe... Tô perdido...
- Eu sei, mas eu me encontrei. A gente pára por aqui. Tenho planos, sonhos e metas, e você não vai poder estar do meu lado nesse meu novo percurso.
- A gente se machucou demais.
- Eu sei. E é justamente por isso que não vou mais permitir que ninguém me machuque novamente.
- Não joga a culpa só em mim. Me perdoa.
- Lógico. Prometo que não guardo mágoa alguma, você sempre estará nos meus pensamentos. Uma boa recordação.


Hoje posso seguir em paz, calma, leve. Talvez tivesse escolhido ficar, aceitar, sofrer... Seria o mais difícil e não soube diferenciar se é certo ou duvidoso. Mas renuncio a isso, talvez por medo de se perder ainda mais, ou por medo de ser da mesma forma... Talvez nem eu saiba. Mas sei o que eu quero.
Se eu estava preparada pro mais difícil, o que vier, vou tirar de letra!

- A gente é tão diferente.
- Eu sei.
- Me descobri ainda mais contigo.

Talvez nossa alma gêmea não seja aquela que vai ficar com a gente pra sempre. Talvez seja aquela que nos faça olhar pra dentro e descobrir que realmente somos. E evoluir.

Tantas coisas deixei pra trás, tantas paixões, hobbys, momentos. Não me arrependo de nada. Nem faria nada pra magoar.
Mas acho que nunca é tarde para recuperar o que ainda existe em mim.
Você me deu inspiração pra muitas coisas, hoje essa inspiração se traduz nessas palavras. Onde eu posso compartilhar o que eu vivi. É quase uma nudez, mas não tenho medo de mostrar.
Como você sempre me pediu pra não chorar na sua frente e eu respondia: "Não tenho medo de demonstrar meus sentimentos".
E hoje estou aqui.
Obrigada por permitir que eu viva o que estou sentindo.
Hoje sei quem eu sou e sei o que eu quero. E vou correr atrás dos meus sonhos!


- Eu te amo.
- Tá certo, te cuida!
- Te amo, tá? Vou te amar pra sempre.
- ...
- Beijo.
- Beijo.

(desliga!)
...

- Eu também te amo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Última viagem

É bom enfrentar a tristeza para reconhecer a felicidade.
Segue.
Tudo acaba se tornando apenas uma recordação passível de sorriso nos lábios, seguida da sensação de ter VALIDO À PENA.

Pra que se lamentar?
Se o que ficou pra traz foram momentos bons, de expressão de amor, carinho, afeto.
Foi a construção de algo lindo, que ergueu edifícios em seu coração e prometeu habitar ali pra sempre.
E você, acreditando naquilo, escutou o coração bater forte e sussurrar baixinho: "é aqui, faça morada em mim".
Foi a última viagem, a última parada, a última estrada.
E você não precisa mais ir à lugar algum.