segunda-feira, 7 de novembro de 2011

E se foi acidente?


Não estou aqui para ser “advogada do diabo”, muito menos minimizar a dor da família de quem se foi. Apenas quero ser solidária com os familiares, pois não se foram duas vidas, foram três, quatro, cinco... Não apenas as vidas ceifadas, mas os que ficaram para vivenciar o decorrer...
Vemos o julgamento social na mídia. As redes sociais estão ai pra isso. (Pseudo) Manifestações referentes a tudo. Basta um jogo de futebol, um político corrupto (mais um), um fenômeno da natureza, um acidente, uma tragédia. Tudo gera uma bá-fá-fá. Concordo que estes espaços são para interação e troca de opiniões, mas quando se trata de vidas?

É revoltante, triste, trágico. Mas devemos parar de nos restringir às informações passadas pela mídia! O que eles mais querem é furos de reportagem, polêmica, porque isso dá ibope! Todos já sabem o que realmente aconteceu? Ficam julgando pelo que um e outros falam, pelo que a mídia passa... Não é querendo defender, nem diminuindo o acidente. Lógico que eu não sei a metade da dor que essa família está passando, mas antes de julgar se é assassino ou não, preferi saber de fontes seguras (da própria polícia, peritos, IML) o estado do motorista. Sabendo que cada história tem várias versões, é melhor ter certeza antes de julgar. Existem casos e casos em que a sociedade julga de certa forma e expõe uma parte e está enganada... Por isso, devemos ser solidários com a família, pedir a Deus que conforte o coração dos entes dos que se foram e torcer para que VERDADE seja revelada e JUSTIÇA seja feita!
E se ele estava realmente em estado ébrio?

‎'SE' - há outras versões do ocorrido! Antes de ficar fazendo juízo de valor, é bom ter CERTEZA do que realmente aconteceu! E quem tem certeza?

Com certeza a mídia tem um papel construidor, mas também destruidor da ordem social! Mas enquanto houver JUSTIÇA ou pelo menos um JUDICIÁRIO minimamente atuante, eu ainda acredito no que for transitado e julgado no TRIBUNAL. Ao invés de ser levada pelas opiniões de meros internautas que não tem ideia do que realmente aconteceu! Se querem polêmica, falem de futebol, religião, política. Mas no caso de vidas (e não digo apenas pelas que se foram, mas pelas que ficaram) eu prefiro não expor opiniões infundadas.
A partir do momento que transferimos o nosso poder de julgar pro Estado, devemos deixar de julgar e esperar a VERDADE e a JUSTIÇA!

Quero reiterar que nem me imagino numa situação dessas... Jamais julgaria a dor que a família está sentindo. Nessas horas eu sei que o que mais os familiares querem é que haja justiça, que a pessoa pague. E isso com certeza acontecerá. Mas antes de ficarmos difamando a pessoa, dizendo que ele é marginal, estava bêbado ou sermos levados pela opinião da massa, devemos ponderar no quesito julgamento. Já frisei NINGUÉM SABE O QUE ACONTECEU. NINGUÉM. E outra, não foram apenas 2 vidas, foram 3, 4, 5, 6... Se foi a vida de quem dirigindo também. E dos seus familiares. E dos familiares dos que morreram. Não sabemos se ele realmente foi negligente ou se foi uma fatalidade, o que devemos fazer é sermos solidários, apenas...
Afinal, acidentes também acontecem!

Só quero deixar claro que todos temos direito à opinião (claro!) - nascemos em uma sociedade livre. Sou a favor de manifestações em prol de uma sociedade mais justa (e igualitária), porém, essas manifestações através de rede social, pra mim, são "expressões mortas". Querem mudanças? Saiam às ruas, levantem a bunda da cadeira, saiam da frente do computador. Apesar de termos transferido o poder de julgar e punir para o Estado, ainda podemos fazer algo. Porém sem esquecer do principal, O RESPEITO a cada cidadão, independente de ter sido violador ou violado, pois TODOS estamos sujeitos aos intempéries da vida. Ninguém sabe o dia de amanhã. Pense bem. Hoje você julga, amanhã você poderá ser o julgado.

*Parte do texto foi retirado de comentários meus em uma publicação no Facebook. Quero frisar apenas que não podemos fazer juízo de valor, principalmente quando não temos fundamentos para acusações!

Pra quem não entendeu: 

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